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“Custe o que custar, vamos vencer o terrorismo na República de Moçambique […]”, garante Chume

 O ministro da Defesa de Moçambique, Cristóvão Chume, disse hoje, no parlamento, que o país vai vencer os insurgentes que têm atacado a província de Cabo Delgado, admitindo que são ações de "terrorismo internacional".

O ministro da Defesa Nacional de Moçambique, Cristóvão Chume, disse hoje, no parlamento, que o país vai vencer os rebeldes que têm atacado a província de Cabo Delgado, admitindo que se trata de ações de “terrorismo internacional”.


“Custe o que custar, vamos vencer o terrorismo na República de Moçambique, tal como vencemos todo o tipo de ameaças que pairaram no nosso país”, declarou Chume.


O ministro da Defesa Nacional falava na reunião plenária da Assembleia da República, dedicada à sessão de perguntas dos deputados aos membros do executivo. Porque se trata de “terrorismo internacional” que protagoniza ataques na província de Cabo Delgado, o país precisa e conta com o apoio de parceiros internacionais, sustentou Cristóvão Chume.

“Grande parte do esforço militar [dos contingentes internacionais] destacado [em Cabo Delgado] é sustentado [financeiramente] pelos respetivos governos, apoiados por parceiros”, avançou.


O ministro lembrou que as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), a Missão Militar da África Austral (SAMIM) e as forças do Ruanda têm contado com parceiros como a União Europeia (UE) na luta contra a insurgência no norte de Moçambique.


SAMIM já “cumpriu objectivo”

Na quarta-feira (17.04), o ministro da Defesa Nacional disse, também no parlamento, que a SAMIM está a deixar o país, porque já cumpriu o objectivo no combate aos grupos armados que protagonizam ataques na província de Cabo Delgado.


“A decisão do fim da missão da SAMIMbaseou-se na avaliação do facto de a mesma ter cumprido o objetivo pelo qual foi criada, de apoiar as Forças Armadas de Defesa de Moçambique na ofensiva contra os terroristas”, afirmou Chume.


O ministro salientou que o mandato dos militares da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, que enviou a SAMIM) visava apoiar a “recuperar o controlo de zonas que se encontravam sob forte influência” dos insurgentes “nos distritos de Macomia, Muidumbe, Nangade e Mocímboa da Praia”.


O apoio do contingente da África Austral, prosseguiu, permitiu o restabelecimento da segurança e regresso gradual da população às zonas de origem.


Papel de Moçambique na defesa

A ajuda internacional que Moçambique tem recebido na guerra contra o terrorismo não deve substituir o papel das Forças Armadas e todos os moçambicanos na defesa do país, acrescentou.


No último dia 5, o contingente militar do Botsuana começou a retirar-se de Cabo Delgado, marcando o início da saída da SAMIMque combatia o terrorismo.


“Sexta-feira, dia 5 de abril de 2024, marca o início da retirada da força SAMIM. O contingente retirado de Cabo Delgado foi o do Botsuana, que tinha chegado à área da missão em outubro de 2023”, referiu a missão da SADC em Moçambique, numa nota.


O efectivo militar da África Austral em Moçambique está em Cabo Delgado desde meados de 2021 e, em agosto de 2023, a organização aprovou a sua prorrogação por mais 12 meses, até julho de 2024, prevendo um plano de retirada progressiva das forças dos oito países da região que a integram.


A SAMIM compreende tropas de oito países membros da SADC, nomeadamente Angola, Botsuana, República Democrática do Congo, Lesoto, Maláui, África do Sul, República da Tanzânia e Zâmbia, “trabalhando em colaboração com as Forças Armadas de Defesa de Moçambique e outras tropas destacadas para Cabo Delgado”. (LUSA/DW/IMN)



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